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IV Domingo da Quaresma


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Domingo 3 Abril 2011
Reflexões sobre as leituras
de
LUCIANO MANICARDI
No centro do IV Domingo da Quaresma está o tema da luz, da passagem das trevas à luz

Ano A

1Sam 16,1-4.6-7.10-13; Sal 22; Ef 5,8-14; Jo 9,1-41

No centro deste IV Domingo da Quaresma está o tema da Luz, da passagem das trevas à luz expresso no evangelho com o episódio da cura do cego de nascença que tem implícita uma pedagogia de fé Cristológica. Na segunda leitura o tema tem uma valência baptismal e comporta implicações éticas: a luz baptismal induz a uma vida de conversão. (“É que outrora éreis trevas, mas agora sois Luz no Senhor. Procedei como filhos da luz..." Ef 5,8). Em paralelo com este anúncio a primeira leitura apresenta a unção real de David por parte de Samuel: o gesto e as palavras do profeta que consagram o Messias remetem para as palavras e para os gestos de Jesús "luz do mundo" (Jo 9,5), que dá a luz a quem está nas trevas, com gestos e palavras que invocam a dinâmica sacramental.

As três leituras levantam o problema do discernimento. Primeiro, o difícil discernimento de Samuel para escolher aquele que Deus elegeu entre os filhos de Jesse. Para discernir é preciso ver como Deus vê, consciente que "...o homem vê as aparências, mas o Senhor olha o coração." (1Sam 16,7), ou, como diz a antiga versão siríaca: “o homem vê com os olhos, o Senhor vê com o coração”. Na segunda leitura é pedido ao baptizado que sendo "luz no Senhor" seja capaz de discernir o que agrada a Deus (cf. Ef 5,10-11). O texto evangélico abre-se com o olhar de Jesús e dos discípulos sobre um cego e prossegue com o percurso que leva o cego curado a discernir a verdadeira qualidade de Jesús e a confessar a sua fé n'Ele, enquanto outros se fecham a tal discernimento e permanecem na cegueira espiritual (cf. Jo 9,39-41).


 

No evangelho Jesús e os discípulos encontram um homem cego, mas olham-no diversamente. Cegos por um axioma teológico que liga de forma automática a doença ao pecado, os discípulos vêm nele um pecador enquanto Jesús vê na doença daquele homem ocasião para se menifestar a acção de Deus. A mesma pessoa e um olhar diametralmente oposto. Quem vemos quando nos deparamos com um doente? O que vemos no sofrimento do outro? O olhar culpabilizante dos discípulos opõe-se ao olhar solidário de Jesús. O texto apresenta-se como uma iniciação em que o homem que era cego recupera a vista e alcança a identidade de Jesús - um reconhecimento que é também um co-nascimento, um renascimento, o nascimento de uma vida completamente renovada pelo encontro com Jesús e expresssa de forma lapidária na confissão "Eu creio Senhor" (Jo 9,38).

O gesto terapêutico de Jesús sobre o cego, quando "...fez lama com a saliva..." (cf. Jo 9,7), recorda o gesto com que Deus criou Adão (cf. Gen 2,7). A re-criação não tem nada de mágico ou espiritualístico, mas tem uma valência humana e conduz aquele que era apenas objecto de palavras e de juízos dos outros a ser sujeito, a assumir a vida, a tomar a palavra e a reivindicar uma identidade: "Sou eu" (Jo 9,9). aquele "Sou eu" é essencial para poder dizer e proclamar com liberdade e convicção "Eu creio!". Tornar-se crente não exime de tornar-se homem. Antes, exige-o.

Diante do cego curado a primeira reacção é a dos conhecidos que fazem perguntas, interrogam mas não se interrogam, não se pôem a si próprios em questão e assim permanecem à superfície (vv. 8-12). O comportamento dos pais que, por medo, não vão além de uma banal constatação do facto (vv. 18-23). O saber teológico dos fariseus, um saber autosuficiente e impermeável, obtuso, que os leva a acusar Jesús (vv. 13-17) e o cego de serem pecadores (vv. 24-34) não se deixando interpelar pelo extraordinário evento. Quem é o cego e quem vê? Esta é a pergunta que o texto suscita. E esta a resposta: vê quem sabe ver a cegueira e abrir-se a acção de cura e de luz que Cristo oferece. “se fôsseis cegos, não estaríeis em pecado; mas, como dizeis que vedes, o vosso pecado permanece." (v. 41).

 

LUCIANO MANICARDI

Comunidade de Bose
Eucaristia e Palavra
Textos para as celebrações eucarísticas - Ano A
© 2010 Vita e Pensiero

 

III Domingo de Quaresma


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Domingo 27 Março 2011
Reflexões sobre as leituras
de
LUCIANO MANICARDI
O reconhecimento de Jesús como Senhor implica um caminho contemporâneo de conhecimento de si

Ano A

Ex 17,3-7; Sal 94; Rm 5,1-2.5-8; Jo 4,5-42

Depois da visão sintética da história da salvação através da memória de Adão e de Abraão nas primeiras leituras dos dois primeiros domingos de Quaresma do ciclo "A", os três próximos domingos, com as imagens da água, da luz e da vida apresentam a temática sacramental ligada à iniciação cristã.   

O dom da água no deserto que sacia a sede do povo durante o caminho do Êxodo é sinal da solicitude de Deus (I leitura); no evangelho o simbolismo da água evoca a acção do espírito e da Palavra, isto é, "o dom de Deus" (Jo 4,10) que dispõe a mulher a acolher o dom da fé; o dom do Espírito é sinal do amor divino no coração do Homem (II leitura).

O evangelho interpela o crente sobre a sede, sobre o desejo que existe em si. E sugere que a nossa sede mais profunda é de encontro e de relação. O encontro de Jesús com a samaritana começa com uma ousadia: "Dá-me de beber" (Jo 4,7). O encontro implica a coragem de quem se faz mendicante apresentando-se despojado ao outro . A mulher procura tirar água mas Jesús pede-lhe que lhe dê de beber. Interrogando-se sobre a pergunta que Jesús lhe faz, a mulher responde: "Senhor dá-me dessa água" (Jo 4,15). Esta pobreza partilhada constitui o ponto de partida do encontro. E o que mata a sede é o próprio encontro: Com efeito, segundo a narração, a mulher não chega a tirar a água do poço e Jesús não chega a bebê-la.

O encontro começa com um péssimo ponto de partida: a inimizade categórica (ou tradicional). Frente a frente não estão duas pessoas, dois nomes, duas biografias, dois sofrimentos, mas duas categorias: um judeu e uma samaritana (“Como é que tu, sendo judeu, me pedes de beber a mim que sou uma samaritana?" Jo 4,9). A coragem do diálogo, de lançar uma palavra entre si e a mulher permite o início de um caminho que conduz ao encontro e que guia a mulher à fé. O espanto da mulher (“Como?”: Jo 4,9) é o primeiro sinal do caminho da mulher para Jesús, mas que será também um caminho para dentro de si própria, um caminho interior; será a coragem de enfrentar a sua própria e profunda verdade.


 

Se conhecesses o dom que Deus tem para dar e quem é que te diz…” (Jo 4,10). Ninguém é apenas uma etnia ou uma categoria social. Da polaridade agressiva e hostil “nós” – “vós” (cf. Jo 4,20), passa-se ao envolvente “eu” – “tu”. Jesús chega a dizer-se e a dar-se com as palavras: “Sou Eu, que estou a falar contigo” (Jo 4,26). Jesús vence as barreiras identitárias que os Homens erguem e que, quando sedimentadas, se tornam por um lado uma segunda pele, uma identidade colada e, por outro, a lente (deformadora) com que vemos os outros rotulando-os com as nossas definições ou aprisionando-os com as nossas categorias. A identidade não é um dado fixo, antes surge do encontro com o outro. 

Momento importante no itinerário do encontro é aquele em que Jesús convida a mulher a passar da pergunta que lhe fez à interrogação que Ele próprio é (cf. Jo 4,10). O verdadeiro diálogo não impõe, mas suscita e aumenta o interesse recíproco. Nutre-se de perguntas novas mais do que respostas claras e definitivas.

O texto apresenta uma pedagogia para a fé em que a mulher reconhece Jesús como profeta (v. 19) e Messias (vv. 25-26.29) e assim se torna discípula, anunciadora de Jesús salvador do mundo (vv. 28-30.39-42). A mulher torna-se crente e evangelizadora. Mas, o caminho do reconhecimento de Jesús, como Senhor, implica um caminho contemporâneo de conhecimento de si mesmo em que, também, os aspectos moralmente mais problemáticos, aqueles que normalmente uma pessoa tem dificuldade de confessar a si própria, são reconhecidos. 

Só assim o encontro acontece na verdade. Ponto culminante e de verdade deste encontro é o momento em que a mulher recebe de Jesús a descrição de tudo aquilo que ela fez (v. 29). A história que ela escondia, por vergonha, a si própria, é substituida por outra que a acolhe e não a julga, levando-a a aceitar-se e a conhecer-se diante de Jesús.

LUCIANO MANICARDI

Comunidade de Bose
Eucaristia e Parola
Textos para as celebrações eucarísticas - Ano A
© 2010 Vita e Pensiero 

I Domingo da Quaresma


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13 Março 2011
Reflexões sobre as leituras
de
LUCIANO MANICARDI
As tentações de Jesús não são apenas tentações de milagres, do sagrado ou do poder (ou respectivamente a tentação económica, religiosa e política) mas muito mais do que isso

Ano A
Gen 2,7-9; 3,1-7; Sal 50; Rm 5,12-19; Mt 4,1-11

As leituras do ciclo quaresmal "A" estão ligadas ao catecumenato e à iniciação cristã que culmina com o baptismo dado na noite pascal. No primeiro domingo, a Adão que sucumbe à tentação (1ª leitura) contrapõe-se Jesús que a vence (evangelho) e oferece a cada cristão a possibilidade de fazer de cada queda, ocasião para conhecer a graça de Deus (2ª leitura).  

O binómio pecado-morte com que Paulo interpreta a queda primordial, presta-se a uma releitura a partir do livro dos Génesis. A tentação age dentro do homem a partir da palavra de Deus que lhe diz de poder comer tudo excepto uma coisa (cf. Gn. 2,16-17); caso contrário encontrará a morte. A tentação age no coração humano antes de mais como uma frustração (se sou privado de uma coisa, sou privado de tudo, Gn. 3,1). A proibição do único fruto, mais do que permitir/ ordenar que coma tudo o resto, atinge e fere a criatura que se vê atraída por aquilo que lhe é interdito.  E esta defende-se do poder do desejo com outras interdições que exacerbam a proibição divina -"não lhe deveis nem tocar" (Gn 3,3), especificando -“senão morrereis”(Gn 3,3). A morte já está presente no mundo, agindo na mente e no coração da criatura humana e produzindo medo. E são as próprias palavras -"Não morrereis de facto" que vencem a resistência da mulher e a empurram para a transgressão. Assim, o pecado vem da morte, mais do que o contrário. Ou, de forma mais precisa, o pecado vem do medo da morte. 

 O pecado aproveita-se do medo da morte. Nós pecamos e vencidos pela tentação abrimos caminho à posse, ao abuso, à acumulação, ao poder, ao consumo...mas o êxito desta sucessão é mortífero fazendo com que o homem se torne escravo daquilo que o venceu. O Novo Testamento afirma que "...também Ele partilhou a condição deles, a fim de destruir, pela sua morte, aquele que tinha o poder da morte, isto é, o diabo, e libertar aqueles que, por medo da morte, passavam toda a vida dominados pela escravidão." (cf. Heb 2,14-15).


 

Jesús atravessa as tentações, não as evita. Isto é, aceita pôr-se à prova; não projecta a imagem do inimigo sobre realidades externas, mas aceita que o poder da tentação se implante no seu íntimo, no seu coração. Apenas quem vence o poder de quem divide dentro de si mesmo, pode caçar os demónios dos outros. 

A vitória de Jesús é interior e espiritual. Ele vence recordando a Palavra de Deus. E a palavra recordada fá-lo percorrer o caminho do povo depois da saída do Egipto. As tentações (em Mateus) reproduzem o caminho de Israel nos quarenta anos de deserto remetendo (através das 3 citações do Deuteronómio na boca de Jesús) para 3 episódios fundamentais do Êxodo: o maná e as codornizes (cf. Ex. 16); Massá e Meribá (cf. Ex. 17,1-7); o bezerro de ouro (cf. Ex. 32). A memória da Palavra de Deus, a memoria Dei, é o que conduz Jesús à vitória. E a memoria Dei não é a simples recordação de frases bíblicas, mas o acontecimento espiritual que interioriza a presença de Deus no coração do Homem.

A tentações de Jesús não são apenas tentações de milagres, do sagrado ou do poder (ou respectivamente a tentação económica, religiosa e política) mas muito mais do que isso. Na primeira cena está presente também a tentação que nasce quando a nossa experiência da realidade é a experiência de um deserto, de dureza, de pedras; quando a realidade parece estéril, fecunda apenas de desilusões e incapaz de nutrir. Na segunda abre-se caminho à tentação que nasce quando se vai além das imagens idealizadas do sagrado e do religioso, quando as imagens consoladoras do divino se desfazem e o espaço de Deus se restringe cada vez mais. Na terceira cena abre-se a tentação consequente à ilusão do poder, da riqueza, da glória: quando estas realidades revelam a sua insanidade, no homem cultiva-se o cinismo, a desilusão e até o ressentimento. Jesús atravessa tudo isto e o que permanece é um corpo despojado, que na sua fé crua, recorda e repete a palavra de Deus. É assim no deserto, será assim na cruz (Mt 27,46).

LUCIANO MANICARDI

Comunidade de Bose
Eucaristia e Palavra
Textos para as celebrações eucarísticas - Ano A
© 2010 Vita e Pensiero 

VIII Domingo do Tempo Ordinário


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27 Fevereiro 2011
Reflexões sobre as leituras
de
LUCIANO MANICARDI
O texto evangélico confirma a bondade providente de Deus para com os Homens. Mas como nos pede o evangelho que entendamos a Providência - uma ideia já cara à filosofia estóica?

domenica 27 febbraio 2011

Anno A

Is 49,14-15; Sal 61; 1Cor 4,1-5; Mt 6,24-34

Le immagini della madre (I lettura) e del padre (vangelo) designano la cura di Dio per l’uomo. L’atteggiamento per cui Dio si prende cura dell’uomo si fonda sulla sua memoria, sulla memoria vissuta come responsabilità: “Si dimentica forse una donna del suo bambino? … Anche se costoro si dimenticassero, io non ti dimenticherò mai” (Is 49,15).

Il testo evangelico afferma la bontà provvidente di Dio per gli umani. Ma come il vangelo ci chiede di intendere la provvidenza, che era un’idea ben nota già alla filosofia stoica? Se spesso la provvidenza, intesa come forma del rapporto tra Dio e mondo, designa l’onnipotenza divina che governa il corso delle cose, dal cosmo fino all’individuo, il passo evangelico suggerisce di intenderla anzitutto come modalità di porsi dell’uomo davanti al mondo, alla vita e al Creatore. Non a caso il testo mette in guardia il credente dalle preoccupazioni, dagli affanni e dall’inquietudine. Questa modalità di porsi davanti a Dio e al mondo è interna all’atto di fede. “Sentirsi amato: così potremmo riassumere l’esperienza che noi possiamo fare della provvidenza. Essere amato, ovvero, sentire di esistere per qualcuno, ma anche grazie a qualcuno” (Michel Deneken). L’atto di fede conosce anche il tono della fiducia e dell’abbandono confidente, del sentirsi preceduto e accolto, raggiunto e visitato, destinatario della cura del Dio fedele. Non si tratta di un atteggiamento banalmente ottimistico o spiritualistico, dimentico della dimensione del tragico e dell’irredento che traversa il mondo, ma della coscienza di filialità che unisce il credente al suo Creatore e che suscita in lui la solidarietà con tutte le creature, la comunione con il creato e la responsabilità verso gli altri uomini.


 

L’affermazione evangelica della provvidenza di Dio non solo non produce disimpegno, ma tende a portare il credente all’essenziale, liberandolo da ciò che può divenire ostacolo al pieno dispiegamento della vita e della fede. La fede nel Dio che “sa ciò di cui avete bisogno” (cf. Mt 6,32) libera lo sguardo dell’uomo dal rinchiudersi nelle proprie ristrettezze e dalla tentazione idolatrica. Lo sguardo di Dio è appunto lo sguardo che pro-vede, “vede anticipatamente” e “vede in favore di”: vede oltre i bisogni umani e mira a ciò che essenziale e più profondo nell’uomo - il suo desiderio - e lo orienta. “Cercate anzitutto il Regno di Dio e la sua giustizia e tutte queste cose vi saranno date in aggiunta” (Mt 6,33). Ovviamente, questo discorso, che Gesù fa a persone che hanno liberamente deciso di impegnare la loro vita nel discepolato, non può essere rivolto a chi vive nella miseria e muore di fame.
Gesù invita a non affannarsi per il domani, ma a vivere ogni giorno come oggi di Dio. L’attimo presente è il frammento di tempo e di vita in cui si può vivere con pienezza il senso del tempo e della vita, ovvero l’amore per il Signore e per le creature. Lungi dall’essere una fuga dalla realtà, questa indicazione radica il credente nell’oggi e lo chiama a viverlo davanti a Dio. Ha scritto sr. Odette Prévost, uccisa in Algeria il 10 novembre 1995: “Vivi l’oggi: Dio te lo offre, è tuo, vivilo in Lui. Il domani è di Dio, non ti appartiene. Non trasferire sul domani la preoccupazione di oggi: il domani è di Dio, rimettilo in Lui. Il momento presente è un fragile ponte: se lo appesantisci con i dispiaceri di ieri e con l’inquietudine di domani, il ponte cede e tu non puoi passare. Il passato? Dio lo perdona. Il futuro? Dio lo dona. Vivi l’oggi in comunione con lui”.

L’adesione all’oggi è misura di protezione dalla tentazione di voler possedere il futuro e di aver presa sul domani. Essa si oppone al diffuso consumismo del tempo che si nutre di oroscopi e di astrologia ed è ciò che consente di sperare: “C’è speranza solo là dove si accetta di non vedere il futuro” (fr. Christian, monaco di Tibhirine).

L’esempio degli uccelli che non seminano e non mietono non vuole certo proporre atteggiamenti di disimpegno o di fuga dal lavoro, ma ricordare che non l’uomo è per il lavoro, ma il lavoro è per l’uomo. Il lavoro, così come la ricchezza, può schiavizzare l’uomo, invece di aiutarne il processo di liberazione.

LUCIANO MANICARDI

Comunità di Bose
Eucaristia e Parola
Testi per le celebrazioni eucaristiche - Anno A
© 2010 Vita e Pensiero

II Domingo da Quaresma


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Domingo 20 Março 2011
Reflexões sobre as leituras
de
LUCIANO MANICARDI
Ouvir a Palavra de Deus significa descobrir a presença de Deus e acolhê-la em nós. Contudo, trata-se de uma presença que não está apenas no plano da representação, da percepção e do conhecimento

 

domingo 20 Março 2011

Ano A

Gen 12,1-4; Sal 32; 2Tm 1,8-10; Mt 17,1-9

A História da Salvação, que começa com a vocação de Abraão (I leitura), encontra em Jesús o seu ponto culminante, como confirmam Moisés e Elias no monte da Transfiguração (evangelho) e prossegue nos tempos da Igreja com a vocação santa divulgada no Evangelho de Jesús Cristo (II leitura). A obediência de Abraão abre o caminho para que se cumpra a promessa de Deus de fazer dele uma benção para todos os Homens (I leitura); na transfiguração a voz divina pede obediência a Jesús - o filho: "Escutai-O!" (evangelho); o evento pascoal é graça que pede ao crente obediência e o faz testemunha (II leitura).

No centro do episódio da transfiguração está a voz que vem da nuvem e que ordena a escuta de Jesús (cf. Mt 17,5). A reacção dos discípulos às palavras celestes é de escuta e temor: “Ao ouvirem isto, os discípulos caíram com a face por terra, muito assustados” (Mt 17,6). Esta passagem faz ecoar um texto do livro do Dt 4,32-33 que diz: “interroga...desde o dia em que Deus criou o homem sobre a terra. Pergunta se jamais houve, de uma extremidade à outra do céu, coisa tão extraordinária como esta,...Sabes, porventura, de algum povo que tenha ouvido a voz de Deus falando do meio do fogo, como tu ouviste, e tenha continuado a viver?." Hoje a expressão "escutar a palavra de Deus" é usada por todos e corre o risco de ser banalizada: escutar a Palavra de Deus é uma experiência temível, ultrapassa a leitura e a escuta das páginas bíblicas e não pode ser confundida com sinais dos tempos individualizados mais por via sociológica que por discernimento espiritual.

    Escutar a Palavra de Deus significa descobrir a presença de Deus e acolhê-la em nós. Contudo, trata-se de uma presença que não está apenas no plano da representação, da percepção e do conhecimento. É uma outra presença, é LUZ. É a presença luminosa que habita Jesús; que chega aos discípulos pela voz de Deus e que proclama, através das escrituras, a identidade messiânica de Jesús (“Este é o meu Filho”: Sal 2,7), servo (“Eis o meu servo, que eu amparo”: Is 42,1) e profeta (“...a Ele deves escutar!”: Dt 18,15). A escuta da palavra de Deus é temível também, porque conduz à mudança, à conversão; a mudar de vida fazendo da Palavra escutada o centro renovado e inovador da própria existência. A escuta da palavra de Deus é temível porque  (como acontece com Abraão, cf. Gen 12,1-4), implica um sair do campo das certezas e dos hábitos quotidianos para iniciar um caminho sem as seguranças humanas.


 

A experiência da Transfiguração de Jesús envolve também os sentidos dos discípulos: eles ouvem, vêem, são tocados por Jesús (Mt 17,7: “...Jesús tocou-lhes, dizendo:...”, registo apenas feito por Mateus). O corpo é o sujeito da experiência espiritual e os sentidos intervêm nessa experiência. Abrem-se à alteridade, ao outro, ao contacto com o mundo; os sentidos desenvolvem uma função incoativamente espiritual.

A transfiguração sugere-nos reencontrar a unidade da espiritualidade cristã saíndo dos dualismos com que tantas vezes foi conotada: interior-exterior, sentidos-espírito, corpo-alma, sensibilidade-interioridade...a separação entre corpo e espírito ou a sua confusão conduzem à morte de um ou de outro e sobretudo fazem desaparecer a autêntica experiência espiritual, que é experiência de todo o Homem. O crente ordena os seus sentidos com fé, "enxerta-os" em Cristo, treina-os na oração, deixa que sejam guiados pelo Espírito Santo e assim a sua experiência de Deus será integral. Assim foi para S. Agostinho no encontro que mudou a sua existência: "Chamaste-me e o teu grito rasgou a minha surdez; fizeste luz e o teu esplendor dissipou a minha cegueira; difundiste a tua fragrância e eu respiro e anseio por ti; provei e tenho fome e sede; tocaste-me e desejo ardentemente a tua paz." (Confissões X, 27-38)

 Não estamos diante de experiências místicas reservadas a eleitos, mas de experiências comuns de fé, do crente que, escutando a Palavra de Deus através das Escrituras, vê o rosto de Cristo, toca a Sua presença que lhe é oferecida, prova a consolação do Espírito, chora de compunção, respira o Seu respirar; do crente que vive, enfim, a Sua existência quotidiana, que é existência no corpo, sobre a luz transfigurante da graça.

LUCIANO MANICARDI

Comunidade de Bose
Eucarístia e Palavra
Textos para as celebrações eucarísticas - Ano A
© 2010 Vita e Pensiero

IX domingo do Tempo Ordinário


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domingo 6 Março 2011
Reflexões sobre as leituras
de
LUCIANO MANICARDI
coerência, virtude rara, não tem nada a ver com a miltância por ideias fixas e com a indisponibilidade à mudança 

domenica 6 marzo 2011

Anno A

Dt 11,18.26-28; Sal 30; Rm 3,21-25a.28; Mt 7,21-27

L’esigenza di un ascolto fattivo, un ascolto obbediente che conduca la Parola di Dio a incidersi nella carne e nel cuore dell’uomo, cioè in tutto l’uomo, interiorità ed esteriorità, e a farla divenire il motore di scelte e decisioni (I lettura), aiutando così l’uomo a uscire dalla penosa sua condizione per cui “dice e non fa” (vangelo): questa l’unità tra il brano dell’Antico Testamento e la pagina del vangelo.

La coerenza, virtù rara, non ha nulla a che vedere con un rigido attaccamento a idee decise una volta per tutte e con l’indisponibilità al cambiamento, ma è inerente alla testimonianza, alla martyría. L’uomo coerente rifugge la divisione e l’ipocrisia e tenta di dare prosecuzione pratica alle sue parole, ai valori che professa, alla fede che lo ispira. I grandi valori (onestà, giustizia, libertà, fedeltà) non esistono scissi da uomini e donne che li incarnano nella loro esistenza e accettano di servirli fino a pagarne le conseguenze estreme. L’aver dimenticato questa verità elementare è uno dei motivi, e non certo l’ultimo, della crisi morale e di autorità che viviamo attualmente in tanti ambiti della nostra società. L’incoerenza è la prima controtestimonianza portata ai valori che uno proclama o professa e che poi disattende nella prassi quotidiana.

La casa costruita sulla roccia (cf. Mt 7,24-27) è l’ascolto delle parole del Signore che diviene prassi. La casa è l’ascolto e la roccia è la prassi. La prassi poi si sintetizza, per Matteo, in un punto particolare: la misericordia (che è ciò che il Padre vuole: Mt 9,13; 12,7; cf. Mt 7,21), l’amore per il prossimo. Coloro che rivendicano le loro prestazioni religiose davanti al Signore si vedono ridurre le loro “azioni sante” a “iniquità” (Mt 7,23). E per Matteo l’iniquità è ciò che spegne la carità e si oppone all’amore fraterno: “Per il dilagare dell’iniquità l’amore di molti si raffredderà” (Mt 24,12). In linea con le parole di Paolo nell’encomio della carità in 1Cor 13,1-7, Matteo afferma che la liturgia, la profezia, le azioni carismatiche, i gesti terapeutici, non valgono nulla davanti al Signore e se sono scisse dalla concreta carità, dal concreto amore per il prossimo e per i piccoli, che è ciò in cui per lui si sintetizza la “giustizia maggiore” richiesta da Gesù ai cristiani (cf. Mt 5,20; 7,12; 19,19; 22,39-40).


 

Questi cristiani hanno retta fede, partecipano alle liturgie (“Signore, Signore”), profetizzano veramente, fanno davvero miracoli e scacciano sul serio demoni: non è solo gente che dice ma non fa. Essi fanno, e molto. Ma una chiesa il cui servizio di santificazione, istruzione e guida, il cui magistero e la cui azione caritativa non divengano un annuncio nei fatti della misericordia di Dio, non facciano sentire perdonati gli uomini, non incontrino realmente i poveri destinatari delle sue azioni caritative e della sua attività assistenziale, non guardino il mondo e gli uomini con lo sguardo misericordioso del Padre, rischia di essere una chiesa che vede solo se stessa, accecata. Pensa di aver fatto tutto in nome di Cristo, e viene smentita da Cristo stesso.

L’atteggiamento dei cristiani che saranno sconfessati da Cristo nel giudizio è anzitutto stigmatizzato perché abitato dalla pretesa, dalla presunzione di avere agito in nome di Cristo (cf. l’espressione “in tuo nome” ripetuta tre volte in Mt 7,22). Vi è una certezza che è incompatibile con la confessione di fede e che diviene presunzione. Se l’elemento veritativo della confessione di fede cristiana è l’amore per il prossimo, chi mai potrà essere certo di avere amato pienamente, adeguatamente, senza ombre e senza aver ferito? L’insicurezza in cui ci pone l’amare è la benedetta destabilizzazione delle pretese e della presunzione a cui il credere può dare origine.

Mettere in pratica le parole ascoltate dal Signore significa personalizzare l’atto di fede con la creatività che conduce il credente a dare la sua personalissima inflessione all’obbedienza. Chiamato a vivere la Parola del Signore e ad amare il volto del prossimo, il credente è immesso in un cammino segnato da creatività, discernimento e  intelligenza. Lì si manifesta la sua sapienza (cf. Mt 7,24).

LUCIANO MANICARDI


Comunità di Bose
Eucaristia e Parola
Testi per le celebrazioni eucaristiche - Anno A
© 2010 Vita e Pensiero

Introdução a "Reflexões sobre as leituras"


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Ler mais: Introdução a
de ENZO BIANCHI
As reflexões sobre as leituras bíbicas pretendem prestar um seviço à divulgação da Palavra de Deus não se substituindo a homília que é, e deve ser, obra daquele que é ministro da palavra. 

dall'introduzione di ENZO BIANCHI

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Eucaristia e Parola
Testi per le celebrazioni eucaristiche - Anno  A

Le riflessioni sulle letture seguono un canovaccio costante. Innanzitutto vengono fornite alcune (o almeno una) chiavi di lettura unitaria delle diverse letture bibliche: tutte e tre nei tempi liturgici di Avvento, Natale, Quaresima e Pasqua e nelle feste, quando anche le seconde letture sono in relazione con il brano dell’Antico Testamento e con il vangelo; solo la prima lettura e il vangelo nel tempo Ordinario. Segue la parte dedicata al vangelo, che è il testo privilegiato nel commento: tale scelta è fondata sul fatto che i vangeli occupano un posto particolare all’interno delle Scritture e del Nuovo Testamento, dove «meritatamente eccellono in quanto sono la principale testimonianza relativa alla vita e alla dottrina del Verbo incarnato» (5). È grazie a essi che il cristiano può conoscere il Signore Gesù Cristo, suo salvatore. Per questo, i presbiteri e i vescovi sono chiamati, nell’opera di trasmissione della fede, a «istruire opportunamente i fedeli loro affidati circa il retto uso dei libri divini, soprattutto del Nuovo Testamento e in primo luogo dei vangeli» (6). E quest’opera trova nell’omelia domenicale un luogo privilegiato: è infatti in quell’occasione che la maggior parte dei credenti di una comunità cristiana viene in contatto con la Parola di Dio proclamata e celebrata.

Le riflessioni sulle letture bibliche vogliono rendere un servizio alla predicazione della Parola di Dio e porsi in posizione ancillare nei confronti dell’omelia che è e resta compito e fatica di colui che è ministro della Parola e pastore della comunità. Non si cerchi dunque in queste tracce di riflessione un’omelia già preparata: esse non esentano assolutamente i «ministri della Parola» (Lc 1,2) dal lavoro personale di ascolto e di ermeneutica della Parola che a loro spetta. Si tratta infatti di spunti che chiedono di essere ripresi e continuati, di indicazioni che vogliono essere approfondite e completate, di piste che il lettore-predicatore dovrà percorrere personalmente. In breve, sono riflessioni che vogliono dare a pensare e a pregare, che vogliono invitare a leggere, ascoltare, meditare, pregare, affinché non diventi «vano predicatore della Parola all’esterno colui che non l’ascolta di dentro» (7).


 

L’omelia, che è «parte dell’azione liturgica» (pars actionis liturgicae) (8), è operazione profetica che prosegue la Parola traducendola nell’oggi di una comunità precisa per orientarne la fede e la preghiera, ovvero la risposta cultuale ed esistenziale al Dio che le parla. Per questo il celebrante è chiamato a essere in prima persona ascoltatore e testimone della Parola di Dio contenuta nelle Scritture, per poterla annunciare nella forza dello Spirito, per poter fare dell’omelia una «manifestazione della verità» (phanérosis tês aletheías: 2Cor 4,2) che è Cristo stesso. Infatti, «Cristo è presente nella sua chiesa, in modo speciale nelle azioni liturgiche… È presente nella sua parola, giacché è lui che parla quando nella chiesa si legge la sacra Scrittura (sacrae Scripturae in ecclesia leguntur)» (9). Vale la pena ricordare che la redazione finale di Sacrosantum concilium 7 ha espunto l’espressione et explicantur («e si spiega») aggiunta a leguntur in una fase precedente della redazione del testo conciliare. Se in tal modo si è operata una distinzione sana e vitale tra Parola della Scrittura e parola dell’interprete della Scrittura, tuttavia va colta anche la gravitas dell’azione omiletica e la sua continuità con la Parola proclamata. Affinché dunque la parola della predicazione sia accolta come parola non semplicemente umana, ma come Parola di Dio (cf. 1Ts 2,13), occorre che il ministro della Parola si faccia docile al passaggio dello Spirito che lo rende profeta e lo porta ad attuare nella sua assemblea ciò che fece Gesù nella sinagoga di Nazaret: «Oggi si è compiuta questa Scrittura nei vostri orecchi» (Lc 4,21). La parola della Scrittura viene rivolta come parola udibile e vivente oggi a un voi determinato, l’assemblea radunata nel nome del Signore in un tempo e in un luogo precisi.

Affinché la Parola di Dio proclamata e spiegata plasmi l’assemblea come comunità del silenzio e dell’ascolto, il celebrante è chiamato a farsi silenzioso ascoltatore della voce dello Spirito che lo abilita a proclamare con potenza ed efficacia la Parola che ha il potere di edificare la comunità (cf. At 20,32). Comunità di cui il pastore soltanto conosce la situazione concreta, le forze e le debolezze, i bisogni e le ricchezze: nessuno si può sostituire a lui in questo compito che è direttamente sequela Christi, in cui egli impegna ed esprime il proprio ministero presbiterale che è essenzialmente ministero della Parola.

Più ancora che suggerire dei contenuti, le riflessioni sulle letture bibliche vogliono pertanto indicare un metodo che toccherà ai singoli ministri della Parola assumere, personalizzare, adattare alle proprie comunità.

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(5) Dei verbum 18.

(6) Ibid. 25.

(7) Agostino, Discorsi 179,1 (PL 38,966).

(8) Sacrosantum concilium 35; cf. anche 52.

(9) Ibid. 7.

dall'introduzione di ENZO BIANCHI

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Testi per le celebrazioni eucaristiche - Anno  A
a cura di Enzo bianchi, Goffredo Boselli,
Lisa Cremaschi, Luciano Manicardi
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